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Insuficiência cardíaca

Princípios básicos do tratamento
da Insuficiência Cardíaca

PRINCÍPIOS BÁSICOS DO TRATAMENTO DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

Tem sido demonstrado que o desenvolvimento de Insuficiência Cardíaca pode ser atrasado ou, até mesmo, prevenido através de intervenções que modifiquem os fatores de risco.

Relativamente ao tratamento, existem vários tipos de medicamentos que têm demonstrado um perfil de eficácia sustentado no tratamento e na gestão da Insuficiência Cardíaca. Normalmente, de forma a controlar todos os sintomas e fatores que contribuem para a progressão desta síndrome, é necessário recorrer à toma de vários destes medicamentos. Alguns medicamentos ajudam a aliviar os sintomas manifestados e outros contribuem para prevenir os internamentos e reduzir a mortalidade1.

É muito importante esclarecer com o médico e outros profissionais de saúde (enfermeiro ou farmacêutico) todas as questões relacionadas com o tratamento prescrito. Cada um dos seus medicamentos tem instruções relativas à sua toma, que devem ser rigorosamente cumpridas.

Para além da informação sobre a frequência, dose e possíveis interações com outros medicamentos e alimentos, também deve estar ciente de quais são os efeitos associados à toma da medicação. Podem ocorrer efeitos que são esperados e desejados, mas também podem surgir efeitos adversos que tornem necessário a intervenção médica. Assim, deverá questionar o médico sobre quais os efeitos que deve esperar e em que situações o deverá contactar ou, até mesmo, dirigir-se às urgências. Não se esqueça que deve sempre fornecer ao seu médico toda a informação sobre que medicamentos ou outro tipo de produtos (medicamentos não sujeitos a receita médica, “produtos naturais”, suplementos, etc.) se encontra a tomar, uma vez que estes medicamentos podem causar interações.

O seu tratamento será ajustado de acordo com o tipo de Insuficiência Cardíaca, os sintomas manifestados e outras doenças que poderão ter causado ou estarem associadas a esta síndrome1.

É extremamente importante que tome a sua medicação de forma rigorosa, exatamente como lhe foi prescrita, e que tome todos os cuidados recomendados pelo seu médico, de forma a poder ter o maior benefício possível com o tratamento.

Pode utilizar esta tabela para registar toda a medicação e as instruções associadas a cada medicamento, de forma a garantir uma toma rigorosa da medicação. Na segunda página desta tabela pode encontrar um campo destinado a criar uma listagem com todos os medicamentos que foram prescritos, quando foram iniciados, porque motivo foram prescritos, quando foram suspensos e porque motivo ocorreu essa suspensão. Desta forma poderá garantir que tem toda a informação, não só sobre a medicação atual mas também todo a historial de tratamentos anteriores.

Outras sugestões para o ajudarem na gestão do tratamento farmacológico são:

• Ter sempre consigo a Tabela de Registo de Medicamentos (pode descarregar este recurso aqui) e levá-la consigo a todas as consultas.

• Criar alarmes para se lembrar de tomar os medicamentos na hora certa.

• Não se esquecer de levar consigo os medicamentos sempre que sair de casa. Particularmente quando for de férias, não se esqueça de levar medicação suficiente para todo o período de férias.

• Se estiver com dificuldades na gestão do seu tratamento, peça ajuda ao seu médico, enfermeiro ou farmacêutico.

Algumas das classes de medicamentos utilizados no tratamento da Insuficiência Cardíaca são1:

Inibidores da enzima de conversão da angiotensina (IECAs)

São considerados medicamentos anti-hipertensores mas têm sido utilizados com sucesso no tratamento da Insuficiência Cardíaca pois diminuem o estreitamento dos vasos sanguíneos e fazem com que o coração não tenha de realizar tanto esforço.

Antagonistas dos recetores mineralocorticóides (ARMs)

São fármacos diuréticos, o que significa que ajudam a libertar o excesso de fluídos, aliviando o esforço do coração.

Beta-bloqueantes

São também considerados fármacos anti-hipertensores e podem estar indicados no tratamento da Insuficiência Cardíaca
Quadro adaptado das referências 1 e 2

Antagonistas dos recetores da angiotensina

São também considerados anti-hipertensores e partilham algumas características com os IECAs. São especialmente utilizados quando há situações de intolerância aos IECAs (por exemplo, ocorrência de tosse e angioedema).

Inibidores da neprilisina e do recetor da angiotensina (INRAs)

São uma nova classe, que combina um fármaco inibidor da neprilisina e um ARA. A inibição da neprilisina permite o aumento de substâncias que contribuem para dilatação dos vasos, redução da retenção de sódio (sal) e diminuem o esforço acrescido realizado pelo coração.

Diuréticos

São medicamentos que aliviam a congestão e ajudam a libertar o corpo do excesso de fluídos. São fármacos que atuam no rim, promovendo um aumento do fluxo urinário.
Para o ajudar a fazer a gestão dos seus medicamentos ou do seu familiar, pode utilizar a nossa Tabela de Registo de Medicamentos
Intervenção não farmacológica
Se tiver um ritmo cardíaco anormal ou se os impulsos elétricos não atravessarem o coração corretamente, o seu médico poderá decidir que o seu coração precisa de suporte adicional. Existem vários dispositivos médicos avançados que podem ajudar o coração, utilizando sinais elétricos indolores para que o batimento regular se mantenha e/ou para melhorar a sua função.1,2
De entre os dispositivos cardíacos atualmente disponíveis encontram-se:

– Pacemakers
– Tratamento por ressincronização cardíaca (TRC)
– Cardioversores desfibrilhadores implantáveis (CDI)
– Dispositivos de assistência do ventrículo esquerdo (DAVE)

Para os doentes com IC crónica ou aguda que não podem ser estabilizados com terapêutica médica, podem ser utilizados os sistemas de apoio circulatório mecânico (ACM) para descomprimir o ventrículo em falência e manter uma perfusão adequada dos órgãos vitais.1,2

Explore as outras seções do site para ter mais informação sobre a Insuficiência Cardíaca.

REFERÊNCIAS
1. Guidelines da European Society of Cardiology (ESC) para o Diagnóstico e Tratamento da Insuficiência Cardíaca Aguda e Crónica, European Heart Journal 2016;37:2129-2200
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