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Cancro do Ovário

Quais os diferentes
tipos de cancro do ovário?

QUAIS OS DIFERENTES TIPOS DE CANCRO DO OVÁRIO?

Os diferentes tipos de cancro do ovário

A maioria dos tumores ováricos primários podem ser divididos em 3 tipos principais: os tumores epiteliais, os tumores dos cordões sexuais e do estroma ovárico e os tumores com origem em células germinativas.1

Existem também, embora menos frequentes, outros tipos identificados, tais como: tumores miscelânea, tumores mesoteliais, tumores dos tecidos moles, linfomas e tumores secundários (resultantes da disseminação de metástases com origem extraovárica).1

 
Estrutura do ovário (adaptado de 4)
Cancro do ovário epitelial
Cerca de 58% de todos os casos de cancro do ovário e 85-90% dos casos de cancro do ovário malignos correspondem a este tipo de cancro que se desenvolve na superfície exterior do ovário, o epitélio. Dentro deste tipo de cancro e conforme as suas caraterísticas microscópicas, é possível classificar diferentes subtipos.1-3

Os principais subtipos histológicos de cancro do ovário epitelial são:

Diferentes subtipos de cancro do ovário epitelial (Adaptado de 5)
CANCROS SEMELHANTES AO CANCRO DO OVÁRIO EPITELIAL

Carcinoma peritoneal primário

O carcinoma peritoneal primário representa um forma rara de cancro do ovário, em muito semelhante ao cancro do ovário epitelial. Apresenta, geralmente, a aparência de um cancro do ovário epitelial que alastrou para o abdómen e, também, células muito semelhantes.3

Este tipo de cancro parece iniciar-se nas células que compõe o interior das trompas de Falópio, estendendo-se ao longo da pélvis e do abdómen, pelo que se torna muito difícil determinar qual a estrutura específica onde se iniciou. Não sendo um tipo dependente dos ovários, pode surgir também em muheres que removeram os mesmos. No caso dos homens, este é um tumor raro.3

Cancro da trompa de Falópio

O cancro da trompa de Falópio constitui uma forma rara de cancro, semelhante ao cancro do ovário epitelial, que se inicia na estrutura responsável pelo transporte dos óvulos, a Trompa de Falópio. Apresenta os mesmos sintomas que o carcinoma peritoneal primário e que o cancro do ovário, sendo o seu tratamento semelhante a este último. Ainda assim, apresenta melhor prognóstico.3
CANCRO DAS CÉLULAS ESTROMAIS
O cancro do ovário das células estromais representa cerca de 1% de todos os casos de cancro do ovário e tem maior predominância em mulheres de idade superior a 50 anos, podendo também ocorrer em mulheres mais jovens (5% de todos os casos deste tipo de tumor).3

O sintoma mais comum deste tipo de cancro é o sangramento vaginal, provocado pela produção anormal de hormonas femininas (estrogénio) pelo tumor. Em mulheres pré-adolescentes, este tipo de tumor pode provocar menstruação e desenvolvimento mamário antes da puberdade. Apesar de menos comum, alguns destes tumores podem produzir hormonas masculinas (testosterona), que podem provocar interrupções menstruais e crescimento de pelos corporais e/ou faciais.3

CANCROS DAS CÉLULAS GERMINATIVAS
As células germinativas são as células responsáveis pela produção dos gâmetas femininos (óvulos) e masculinos (espermatozóides). Este tipo de cancro representa menos de 2% de todos os casos de cancro do ovário. Apresenta bom prognóstico, com cerca de 90% dos doentes a sobreviverem aos 5 anos após diagnóstico. Existem vários subtipos, sendo os mais comuns os: teratomas, disgerminomas, tumores do seio endodérmico e coriocarcinomas.3

Teratoma

O teratoma é um tipo de cancro das células germinativas cuja aparência, quando observada ao microscópio, se assemelha às camadas de um embrião em desenvolvimento, com: a endoderme, a mesoderme e a ectoderme. Existem duas variantes: o teratoma maduro (benigno) e o teratoma imaturo (maligno).3

O teratoma maduro é a variante mais comum dentro dos tumores das células germinativas, apresentando caraterísticas benignas e maior predominância em mulheres em idade reprodutiva. É recorrentemente denominado de quisto dermóide, uma vez que é revestido por tecidos semelhantes aos encontrados na pele (derme), e pode diferenciar-se em vários tipos de tecidos, tais como osso, cabelo e dentes. Os teratomas imaturos são malignos e ocorrem, normalmente, em mulheres com idade inferior a 18 anos. A sua constituição celular é muito semelhante à dos tecidos encontrados em embriões ou fetos, tais como, tecido conjuntivo e tecido cerebral.3

Disgerminomas

O disgerminoma constitui um tipo raro de cancro, com maior incidência em mulheres de idade inferior a 30 anos e, apesar de apresentar um crescimento relativamente lento, é considerado um cancro maligno. Quando limitados ao ovário, cerca de 3 em cada 4 doentes ficam curadas através da remoção do ovário, não sendo necessário nenhum tratamento subsequente. Nas situações em que este se tenha desenvolvido além do ovário ou surja em contexto de recidiva, os tratamentos disponíveis são, geralmente, eficazes em controlar ou curar esta condição em 90% das doentes.3

Tumores do seio endodérmico e coriocarcinomas

Os tumores do seio endodérmico e os coriocarcinomas são tumores muito raros que ocorrem, predominantemente, em mulheres jovens. Apresentam, normalmente, um crescimento rápido, mas são também muito sensíveis à quimioterapia.3
Bibliografia

1. Sociedade Portuguesa de Oncologia – 100 perguntas chave no Cancro do Ovário. Disponível em: https://www.sponcologia.pt/pt/publicacoes/outras-publicacoes/, consultado em 10/05/2022;

2. ESMO Patient Guide Series – Ovarian Cancer. European Society for Medical Oncology. 2017. Disponível em: https://www.esmo.org/for-patients/patient-guides, consultado em 10/05/2022;

3. American Cancer Society – What is ovarian cancer. Disponível em: https://www.cancer.org/cancer/ovarian-cancer/about/what-is-ovarian-cancer.html, consultado em 10/05/2022;

4. Encyclopedia Britannica – Science: Ovary. Disponível em: https://www.britannica.com/science/ovary-animal-and-human, consultado em 10/05/2022;

5. Cancer Health – New Progress Toward Personalized Therapy of Ovarian Cancer. Disponível em: https://www.cancerhealth.com/blog/new-progress-toward-personalized-therapy-ovarian-cancer, consultado em 10/05/2022.

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